Encontro reuniu negros e negras que fazem parte da história e memória do município

 

Na noite desta segunda-feira, dia 01, aconteceu mais uma edição do Projeto Quilombo de Aço, com apresentações, exibição de documentário e rodas de conversas. O Projeto tem a parceria da Secretaria de Cultura de Volta Redonda junto com o Centro de Memória do Sul Fluminense da UFF e da Comissão da Igualdade Racial da OAB-VR.

 

Coordenado pelo educador e Produtor Cultural, Carlos Eduardo Giglio, esse é um desdobramento do projeto de Educação Patrimonial “Residência na Memória” e traz um debate urgente e inadiável para o povo preto de terreiro: a Intolerância Religiosa e a Resistência Diária.

 

“O projeto Quilombo de Aço vem realizando, desde 2018, rodas de conversa com negros e negras que fazem parte da História e memória de Volta Redonda e que, de alguma forma, ajudaram a forjar a cidade e sua identidade e que foram invisibilizados e apagados da história oficial”, contou.

 

A Secretária Municipal de Cultura, Aline Ribeiro disse que nesta edição do Quilombo de Aço, houve a apresentação do pequeno e cativante espetáculo de bonecos "Pai Antero, o griot" da companhia Caminho de Aruanda.  

 

“Tivemos também a exibição do documentário "Nosso Sagrado" da Quiprocó Filmes. O documentário ilustra com maestria a campanha "Liberte Nosso Sagrado", que exige a devolução dos objetos sagrados que se encontram hoje sobre custódia da Polícia Civil do Rio de Janeiro, um acervo com cerca de 200 peças e que são Patrimônio Histórico”, explicou a secretária.

 

A roda de conversa foi com a Mãe Célia Morais, do Centro Espírita Nossa Senhora da Guia; teólogo Claudio Santos, Mametu Inkice Sia Vanjú (mãe de santo Patrícia Cristina de Freitas) e Mametu Ndenge Katulajunsú (mãe pequena Diana Mara de Freitas), da casa Omariô de Jurema, ganhadoras do II Prêmio Dandara e Zumbi dos Palmares na categoria Preservação da Memória Ancestral, e Biro, coordenador Centro de Estudos Bíblicos (CEBI).

 

O prefeito de Volta Redonda, Samuca Silva, também destacou que as atividades culturais são importantes para a história do município. “Iniciativas como essas são importantes para destacar e valorizar o trabalho, a história e a produção cultural negra. A secretaria de Cultura incentiva esses encontros para que haja um debate cultural no município. Precisamos resgatar a presença negra praticamente em todos os acontecimentos políticos e sociais importantes, atuando na linha de frente ou na mobilização”, finalizou o prefeito.   

 

Por Renan Ferreira com fotos de Gabriel Borges - Secom/VR
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