Encontro no gabinete do prefeito de Volta Redonda teve propostas de recuperação e ocupação do local para uso da população

 

O prefeito de Volta Redonda, Samuca Silva, acompanhado do secretário municipal de Meio Ambiente, Mauricio Ruiz, recebeu em seu gabinete no Palácio 17 de Julho, sede da prefeitura, cerca de 10 integrantes do MEP (Movimento Ética na Política) e membros da Comissão Ambiental Sul da Cúria Diocesana de Barra do Pirai - Volta Redonda, na tarde da última segunda-feira,13.  O tema do encontro foi projetos ambientais para a cidade, com foco na recuperação para o uso da população e ocupação com projetos para a Pedreira da Voldac, área abandonada há cerca de 40 anos.

 

O grupo multidisciplinar da comissão ambiental estava composto de engenheiros, arquitetos, universitários, professores, sindicalistas. O coordenador do MEP, José Maria da Silva, o Zezinho, e o sindicalista e engenheiro João Thomaz, participaram da audiência com o prefeito. A reivindicação apresentada é da construção de um projeto de uso do terreno de forma segura e útil pela população, o que inclui a recuperação e preservação da área ambiental da Pedreira da Voldac, com a proteção das nascentes e vegetação natural.  Um relatório completo será apresentado ao prefeito em julho deste ano.

 

O prefeito Samuca Silva que ouviu às sugestões apresentadas pela comissão, agradeceu a colaboração e incentivou a comissão a apresentar projetos ambientais. Ele fez um resumo dos investimentos em projetos ambientais a partir da sua gestão na prefeitura.

O momento de apresentar projetos é agora. Nós perdemos R$ 32 milhões de recursos de multas aplicadas a siderúrgica por falta de projetos ambientais que não tinham antes. Hoje temos um Plano Diretor Ambiental para aplicar esses recursos. Vamos fazer o parque natural, jardim botânico, conseguimos R$ 6 milhões para o turismo, aprovamos a Unidade de Conservação Integral Vale dos Puris, projetos ambientais para a Fazenda Santa Cecília do Ingá, onde faremos a retirada de animais inadequados ao local.

 

O prefeito informou que a prefeitura vai licenciar uma empresa de Volta Redonda para recuperar o dano ambiental na calha da Pedreira e que vem solicitando ao Ministério Público para acompanhar do Novo TAC (Termo de Ajuste de Conduta) da empresa para o meio ambiente, que tem seis anos de validade.  Destacou que todas as suas ações são baseadas em pesquisas de opinião, sendo que na última o Zoológico de Volta Redonda foi escolhido a área pública mais importante para a população. Na pesquisa do MEP em 43 bairros, o Meio Ambiente ficou em 6º lugar como maior preocupação popular.

 

No documento entregue ao prefeito Samuca, a comissão alega que é preciso a valorização dos aspectos do local, necessidade de proteção dos cursos d’água e áreas de nascentes (mina d’água), proteção de fragmentos de floresta próximos a pedreira, área de relevância para a comunidade cientifica (geociências e biológicas), aptidão do local para a prática de esportes radicais, e proteção de diversas aves observadas nas visitas de campo pelas equipes. “A Pedreira da Voldac apresenta potencial ambiental e geoturístico orgânico, com inúmeras possibilidades de aproveitamento para a população”, acena o relatório da equipe multidisciplinar, Projeto Pedreira.

 

O engenheiro João Thomaz sugere que após a recuperação do ambiente, que é uma APP (Área de Preservação Permanente) e ficou fechado por cerca de 40 anos, vem se recuperando por força da natureza, seja construído um teatro como em Curitiba(PR). Ele cita como exemplo, a construção de um Teatro de Arame, sobre uma pedreira, como área de lazer cultural, que virou ponto turístico para a capital paranaense. A comissão quer o uso do local como espaço de educação ambiental.

 

Na sondagem feita em janeiro de 2019 pelo MEP e Comissão Sul, a população em sete itens, escolheu o uso da Pedreira da Voldac para Lazer e Esportes (37%), em segundo lugar Lazer e Eventos (32%). O terceiro lugar foi para Turismo e Contemplação da Natureza (30%).

 

Por Afonso Gonçalves, fotos divulgação, SecomVR

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