Número de incêndios na cidade cresceu 35% em comparação com o mesmo período de 2021; maioria deles é causada pela ação humana

Para promover a redução das queimadas na cidade, que tem provocado o aumento dos problemas respiratórios na população, a Prefeitura de Volta Redonda estreitou ações conjuntas ao Corpo de Bombeiros do Estado, através do 22° GBM (Grupamento de Bombeiro Militar) de Volta Redonda. O objetivo é promover campanhas de conscientização junto à população, já que a maioria dos incêndios é causada pela ação humana – cerca de 90%. O órgão mantém ainda uma parceria com o Zoológico Municipal para o acolhimento de animais vítimas das chamas.

Dados do Corpo de Bombeiros de Volta Redonda mostram que o número de incêndio em vegetação cresceu este ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. De março a julho de 2021 foram 71 ocorrências, enquanto este ano, até o momento, o número já é de 96, um aumento de 35%. O detalhe é que o período de maior incidência ainda nem começou, que é entre final de agosto e início de setembro, meses mais secos do ano. Outros fatores favorecem para a ocorrência de incêndios: ventos fortes, acima de 30 km/h; temperatura acima de 30º C e umidade relativa do ar abaixo de 30%.

Recentemente, o 22° GBM participou de uma ação social no Dia Mundial do Meio Ambiente, realizada em parceria com o Zoológico Municipal, que difundiu a prevenção às queimadas e a preservação do meio ambiente junto aos frequentadores.

O Projeto Bombeiro Mirim, também realizado em parceria com a Prefeitura de Volta Redonda, promove diversas instruções e atividades de prevenção aos incêndios florestais o que contribui para a minimizar as ocorrências.

Resgate de animais

Segundo o coordenador do Zoo-VR, Jadiel Teixeira, os animais vítimas de incêndios e resgatados pelos militares em toda a região Sul Fluminense costumam chegar até o Zoo-VR para serem tratados e, depois, se possível, ganharem a liberdade novamente. Somente no ano passado, oito animais foram tratados no local.

“Nós percebemos que neste ano as queimadas começaram um pouco mais cedo do que o comum, já que o período de maior incidência geralmente é setembro. Quando esses incêndios ocorrem, animais como os roedores e répteis são os que mais sofrem. Nos últimos dias, recebemos uma paca que ficou muito ferida e teve 30% do corpo queimado pelas chamas. Fizemos o tratamento indicado, mas infelizmente ela morreu”, lamentou Jadiel.

Atear fogo em vegetação é considerado crime ambiental, com pena de três a seis anos de prisão e multa.

 

Foto: Cris Oliveira- Secom/PMVR 

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