Volta Redonda registra atualmente um movimento de queda nas internações hospitalares motivadas pela Covid-19. Após conviver com risco de colapso da rede no início de 2021, a cidade reverteu o cenário e nas últimas semanas viu o índice cair tanto na rede pública quanto na rede particular. Nesta sexta-feira, por exemplo, a taxa de ocupação de leitos clínicos está em 50% na rede pública e 24% na rede particular. Os leitos de UTI seguiram a mesma tendência, com 62% de ocupação nas unidades públicas e 42% nas unidades privadas. O dado negativo é que a doença segue com taxa de mortalidade alta como em todo o país, mesmo com a queda de internações.

A queda começou a ser observada no fim de maio, a partir do dia 29. De lá até agora, a cidade não mais alcançou índice maior que 80% de ocupação de leitos UTI na rede pública. As internações vinham se mantendo na casa dos 70%, em comparação a algo que já esteve em 90%. Nos últimos três dias, no entanto, a ocupação dos leitos especializados teve baixa ainda mais significativa. Na quarta-feira, estava em 67% e na quinta ficou em 63%, sendo que nesta sexta alcançou 62%. Os leitos clínicos seguiram tendência parecida. “É preciso que a população faça a parte dela, não se descuide. Um feriado ou fim de semana de relaxamento nas regras sanitárias pode colocar tudo isso a perder”, afirmou o coordenador de Vigilância em Saúde, Carlos Vasconcellos

Outro dado importante veio do balanço diário que é feito a partir dos testes de antígeno, que têm resultado no mesmo dia e foram adotados nas unidades básicas de saúde funcionando como “polos Covid”. Já foram feitos 9.267 testes rápidos nos postos e hospitais públicos, sendo que o índice “Reagente” (que indica pessoas que testaram positivo para Covid-19) fica hoje na casa dos 38%. Os “Não Reagentes” são agora 62%. A testagem rápida, mais agilidade na entrega de remédios, abertura de novos leitos, teleconsultas e a fiscalização contínua são algumas das ações que tiveram êxito no combate ao vírus.

O coordenador de Vigilância em Saúde afirmou que o dado negativo é que a doença continua fazendo muitas vítimas fatais em todo o país. “As variantes, principalmente, causam muitas mortes e estão se propagando. A queda no índice de internação é um bom sinal, mas nem de longe é algo que nos permita relaxar. Esse era um índice que tínhamos de reverter, mas que não define os rumos da pandemia no médio e longo prazo. O que precisamos é de vacinar toda a população e é esse o índice que mais importa”, destacou.

Carlos ainda ressaltou a importância de que a ventilação natural seja mantida nos ambientes (casas, escritórios, salas de espera, etc), mesmo em dias mais frios. Da mesma maneira, que as pessoas mantenham o uso de máscara, a higienização das mãos e que evitem toda forma possível de aglomeração.

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