‘Volta Redonda Cidade da Música’ ganha reconhecimento de artistas de destaque na música clássica
Profissionais como David Chew e Juliana Franco, que se apresentaram com os músicos locais no início da semana, elogiam o trabalho realizado pelo projeto da prefeitura
Elogios podem soar como música em nossos ouvidos, e, no caso do projeto “Volta Redonda Cidade da Música”, a metáfora vai ao encontro do reconhecimento da excelência da formação de novos músicos. Foi assim na última segunda-feira (11), quando o município recebeu a primeira de duas apresentações integrantes da programação da 31ª edição do Rio Cello, maior festival de violoncelos do país.
E os elogios partiram de dois nomes reconhecidos no cenário internacional da música clássica: o violoncelista inglês David Chew, idealizador do Rio Cello, e da soprano Juliana Franco. Eles se apresentaram na segunda, na sede do projeto, e na terça-feira (12) no Teatro Maestro Franklin de Carvalho Júnior, com a pianista Fernanda Canaud e o saxofonista e pianista Blas Rivera; com a Orquestra de Cordas de Volta Redonda nos dois dias, e com a Orquestra de Violoncelos e Contrabaixo na terça-feira, sempre com a regência de Sarah Higino.
Não apenas nos dias das apresentações, mas também nos ensaios nos dias anteriores – e nos laços criados nesses momentos –, foi possível ter noção da importância das mais de cinco décadas de trabalho na formação de músicos e aprendizado musical desenvolvido pela iniciativa, idealizada pelo maestro Nicolau de Oliveira.
No caso de David Chew, o diretor do Rio Cello lembra que sua relação com o “Volta Redonda Cidade da Música” vem de muitos anos, com visitas anteriores à cidade para encontrar os jovens músicos. “E o nível melhora a cada ano. Nós, músicos do Rio Cello que tocamos com eles este ano, interpretamos obras maravilhosas”, disse, acrescentando que sempre busca citar a iniciativa nas entrevistas que concede.
“Independentemente de onde eu esteja no mundo, sempre digo que o ‘Volta Redonda Cidade da Música’ tem que ser divulgado mundialmente, mostrado para o mundo. Esse é o ouro do Brasil, uma joia que precisa ser lapidada. Cada vez que um solista internacional do festival toca com eles, ou dá aula para esses jovens tão bem orientados e regidos pela Sarah, notamos que eles realmente querem aprender.”
Mais que isso, David Chew destaca que o projeto está preparando esses jovens para a vida, tornem-se eles, no futuro, músicos ou não. “Estão ensinando uma vida disciplinada, uma vida com amor. Por isso, espero que essa parceria continue por muitos anos. É um projeto incrível que eu amo. Está na hora desse projeto viajar e mostrar ao mundo o melhor do Brasil. Vamos encontrar os apoiadores para divulgar o projeto, as orquestras, e mostrar ao mundo o que Volta Redonda tem de melhor.”
Polo de formação musical, profissional e humana
Com doutorado em canto e vasta experiência musical, a soprano Juliana Franco se mostrou admirada com o projeto realizado no município. “Foi realmente mágico participar mais uma vez do festival RICE e cantar com a Orquestra de Cordas e o Coro do projeto ‘Volta Redonda Cidade da Música’. Esse projeto, que já tem 51 anos, é de uma importância incrível para a formação não só musical, mas também profissional e humana das crianças. Ver de perto o lindo trabalho da maestra Sarah Higino e do professor Nicolau transborda meu coração de alegria. Vida longa ao projeto e ao Rio Cello Encounter”.
O prefeito Antonio Francisco Neto pontuou que o “Volta Redonda Cidade da Música” é uma das várias iniciativas da Prefeitura que alcançam os jovens do município. “O projeto é um dos orgulhos de nossa cidade. Formou gerações de músicos e cidadãos, graças a um sonho idealizado há mais de 50 anos pelo maestro Nicolau. E temos a sorte de contar com uma pessoa tão dedicada quanto a nossa maestra Sarah Higino, que merece todos os nossos aplausos por fazer das orquestras alvos de elogios de músicos de renome internacional.”
Fotos da sede do projeto: Adriana Cópio.
Fotos do teatro: Cris Oliveira.
Secom/PMVR