Mobilização destaca a importância da denúncia e da proteção infantil contra abuso e exploração sexual

 

Na manhã desta sexta-feira (16), mais de 800 pessoas se reuniram na Vila Santa Cecília, em Volta Redonda, para participar de uma caminhada em defesa dos direitos das crianças e adolescentes. O evento, promovido pela Prefeitura de Volta Redonda, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (Smas), teve como principal objetivo sensibilizar a população para a luta contra o abuso e a exploração sexual, problemas que afetam milhares de crianças e adolescentes em todo o Brasil.

A caminhada marcou o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, destacando a importância da denúncia e do apoio às vítimas. A ação visou reforçar a mensagem de que todos têm a responsabilidade de contribuir para um ambiente mais seguro e acolhedor para crianças e adolescentes.

A secretária municipal de Assistência Social, Rosane Marques, destacou que a caminhada reflete o compromisso contínuo do poder público com a proteção e a garantia dos direitos daqueles que são o futuro da sociedade: as crianças e adolescentes.

“Queremos afirmar, mais uma vez, que a denúncia é uma das ferramentas mais poderosas que a sociedade tem para combater o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes. Cada um de nós tem um papel fundamental na construção de um ambiente seguro e acolhedor para nossos jovens, e isso começa com a atenção e a responsabilidade de não fechar os olhos diante de qualquer violação. Não podemos permitir que a violência seja silenciada. A denúncia salva vidas e, juntos, podemos construir um futuro mais seguro e justo para todos”, afirmou a secretária.

Entidades parceiras e participação da comunidade

Diversas entidades se uniram à caminhada, como a Casa da Criança e do Adolescente, representada pela assistente social e coordenadora técnica Isabela Marques, que destacou a relevância de conscientizar a população sobre o papel de cada um na proteção das crianças e adolescentes.

“É fundamental que não fechemos os olhos para as vítimas de violência. Como sociedade, temos a responsabilidade de garantir que as crianças cresçam em um ambiente seguro, onde seus direitos sejam respeitados e protegidos”, afirmou Isabela.

Entre os participantes estavam as crianças do Projeto Curumim, voltado para menores em risco social. A presença ativa dessas crianças no evento evidenciou a importância de ensinar, desde cedo, sobre seus direitos e como se proteger de abusos.

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) também esteve presente, com a participação da professora e conselheira Ana Gilda Maria da Silva Santos, que alertou sobre a vulnerabilidade das crianças atendidas pela instituição e a necessidade de discutir a violência sexual de forma aberta.

“O problema da violência sexual afeta todas as classes sociais, e é crucial que não fechemos os olhos para essa realidade. A Apae, em parceria com a sociedade, tem como missão dar visibilidade a essa questão”, afirmou Ana Gilda.

O Projeto Garoto Cidadão também marcou presença no evento, com a participação da coordenadora Sabine Barbosa Marangon, que enfatizou a necessidade de tratar a questão do abuso sexual com urgência. Durante o mês de maio, a entidade realiza rodas de conversa e atividades educativas com crianças, e a caminhada foi uma maneira de levar essa discussão para toda a sociedade.

“O abuso sexual precisa ser tratado como um assunto urgente. A caminhada é uma forma de chamar a atenção da população e reforçar que essa luta deve ser de todos”, destacou Sabine.

O que é violência sexual?

A violência sexual é uma violação dos direitos sexuais que envolve o abuso ou exploração do corpo e da sexualidade de crianças e adolescentes, seja por meio de coerção, força física ou manipulação psicológica. Pode ocorrer em ambientes familiares, quando o agressor tem vínculo de parentesco com a vítima, ou em outros contextos de convivência social.

Como denunciar?

Em caso de suspeita ou conhecimento de violação de direitos, a denúncia pode ser feita por meio dos seguintes canais:

Disque 100 ou disque denúncia local;

Conselho Tutelar;

Polícia Rodoviária Federal, Militar e Civil, além das delegacias especializadas;

Para crimes na internet: https://new.safernet.org.br/denuncie

18 de maio: um marco de mobilização nacional

O 18 de maio foi escolhido como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes em memória de uma tragédia ocorrida em Vitória (ES), em 1973, quando uma criança foi sequestrada, assassinada e seu corpo desfigurado por ácido. Em resposta a essa violência, a mobilização em defesa dos direitos das crianças culminou na criação da Lei Federal 9.970/2000, que instituiu a data como um dia de reflexão e ação.

Este ano, a caminhada simboliza o 25º aniversário da mobilização em torno do 18 de maio, um marco importante na luta pela proteção das crianças e adolescentes no Brasil.

Educação sexual: um caminho para a prevenção

A educação sexual é essencial para a prevenção de abusos e para o desenvolvimento saudável e seguro de crianças e adolescentes. Com informação adequada, é possível capacitar as crianças para que reconheçam situações de abuso e saibam onde buscar ajuda.

Promover um ambiente de conhecimento e respeito é fundamental para construir uma sociedade livre de violência e preconceitos, onde todos os direitos das crianças e adolescentes sejam garantidos.

Fotos de divulgação – Secom/PMVR

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