‘Volta-redondense de Coração’: cidade transforma a vida de família vinda do Rio de Janeiro

Atendimento especializado para pessoas com deficiência ofertado na rede pública permite melhora no dia a dia da filha com autismo e possibilita retorno da mãe ao mercado de trabalho

A história da professora Ana Carla Nery Pereira, 58 anos, moradora do bairro Jardim Vila Rica, é um exemplo de como a rede municipal de apoio às pessoas com deficiência de Volta Redonda tem mudado vidas. Vinda do Rio de Janeiro em busca de melhores condições para a filha, Giovanna Nery, de 25 anos – diagnosticada com Síndrome de West e autismo nível 3 de suporte –, Ana encontrou em Volta Redonda um acolhimento completo, tanto para a filha quanto para si.

“Foi por causa da rede de apoio que escolhi Volta Redonda. Eu precisava garantir qualidade de vida para a Giovanna, e encontrei aqui tudo o que ela precisava – e mais: eu também pude me reencontrar como mulher e profissional”, conta Ana.

Ao chegar a Volta Redonda, Giovanna, com sete anos de idade, foi atendida na Escola Municipal Especializada Professora Dayse Mansur da Costa Lima, direcionada ao público com Transtorno do Espectro Autista (TEA) até os 16 anos. Posteriormente, passou pelo Sítio Escola Municipal Espaço de Integração do autista Thereza Aguiar Chicarino de Carvalho (Semeia), e hoje frequenta o CAPD II (Centro de Atendimento à Pessoa com Deficiência), voltado para adultos com deficiência. Os espaços oferecem atividades de estímulo, socialização e autonomia, respeitando os interesses individuais de cada usuário.

“Ela ama música, dança, e aqui incentivam isso. Giovanna está feliz, se expressa mais e tem autonomia dentro do que é possível. Ela é outra pessoa”, destaca Ana.

Cidade oferece suporte para a família

Além do progresso da filha, Ana também foi beneficiada diretamente pela estrutura da cidade. Com o suporte da rede pública, conseguiu retornar ao trabalho como professora, com carga horária reduzida para conciliar a rotina com os cuidados da filha.

“Hoje eu trabalho pela manhã e, no restante do dia, fico com a Giovanna. É graças a esse apoio da prefeitura que voltei a trabalhar com tranquilidade, podendo cuidar dela da forma como precisa”, afirma.

A mudança também impactou positivamente outros membros da família. A filha mais velha, hoje com 27 anos, concluiu o ensino público em Volta Redonda, ingressou em uma universidade federal e se formou em Direito.

“O ensino público daqui é muito bom. Meus filhos tiveram oportunidades reais e hoje colhemos os frutos”, conclui Ana.

A história dessa família faz parte da séria “Volta-redondense de Coração”, desenvolvida pela Secretaria Municipal de Comunicação (Secom) com o intuito de mostrar relatos de quem veio para Volta Redonda e escolheu a cidade para viver e morar.

Além disso, o apoio e acolhimento recebido por Ana e família reafirmam o compromisso da Prefeitura de Volta Redonda com a inclusão e os direitos das pessoas com deficiência. Com políticas públicas eficientes, a cidade oferece não apenas serviços especializados, mas também dignidade, desenvolvimento humano e cidadania.

Fotos de Adriana Cópio – Secom/PMVR.

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