Município também recebeu o Selo Prata de Boas Práticas Rumo à Eliminação da Transmissão Vertical da Sífilis, quando a mãe passa a doença para o filho

O município de Volta Redonda foi certificado pelo Ministério da Saúde pela eliminação da transmissão vertical de HIV e recebeu Selo Prata de Boas Práticas Rumo à Eliminação da Transmissão Vertical da Sífilis, quando a mãe passa a doença para seu filho durante a gestação, parto ou amamentação. O reconhecimento veio após relatório da Equipe Nacional de Validação, que esteve em Volta Redonda entre os dias 14 e 17 de setembro passado para avaliar o trabalho.

A secretária de Saúde de Volta Redonda, Márcia Cury, afirmou que o resultado positivo se deve ao trabalho de prevenção e cuidado feito pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) com as gestantes e mães, que alcançou diversos índices estabelecidos pela OMS (Organização Mundial da Saúde) nesses quesitos.

“Essa atuação permitiu ao município avançar nas certificações do Ministério da Saúde. Já no primeiro ano que participamos, 2024, recebemos o Selo Prata e, em 2025, além do Selo Prata, ganhamos a placa pela eliminação da transmissão vertical do HIV”, afirmou Márcia Cury, reforçando que a secretaria tem ações em diversas frentes para alcançar os índices esperados pelo Ministério da Saúde.

“Essas conquistas são reflexo da dedicação da equipe da nossa Secretaria de Saúde, que trabalha para levar um serviço de qualidade a todos, mas tem esse cuidado especial com as gestantes e as mães de crianças até os cinco anos. As certificações recebidas só confirmam que estamos no caminho certo para manter a saúde pública de Volta Redonda como destaque positivo no país”, disse o prefeito Antonio Francisco Neto.

A enfermeira Rejane Maria de Queiroz e Silva, que coordena o Programa de IST/AIDS da SMS, comemorou o reconhecimento e, principalmente, o resultado do trabalho. “Não registramos contaminação vertical por HIV há sete anos em Volta Redonda”, contou.

Ela ressaltou que a manutenção desse resultado se deve à melhoria contínua da atenção à saúde materno-infantil, mobilizando gestores e profissionais de saúde, aprimorando a vigilância e o acesso ao diagnóstico e tratamento. “A qualificação dos serviços de saúde prestados durante o pré-natal, parto e puerpério, além do acompanhamento da criança”, completou Rejane.

VR tem redução de casos da sífilis congênita

O Selo Prata de Boas Práticas Rumo à Eliminação da Transmissão Vertical da Sífilis corrobora os resultados apresentados nos últimos anos em Volta Redonda em relação à sífilis congênita. O município teve queda constante no número de registros de transmissão da doença da mãe para o bebê. Até setembro de 2025, foram registrados quatro casos, enquanto em 2024, houve 11 casos no município. Em 2023, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) notificou 13 casos de sífilis congênita, contra 27 casos em 2022 e outros 22 em 2021.

De acordo com a coordenadora da Pediatria do Hospital São João Batista (HSJB), Thais Ferraz, esse resultado é consequência das estratégias adotadas pela rede municipal de saúde, como a intensificação da oferta dos testes rápidos para sífilis e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) no início do pré-natal.

“As gestantes são acompanhadas pela Atenção Primária à Saúde, nas Unidades Básica de Saúde (UBS) e de Saúde da Família (UBSF). Quando a doença é detectada, a mãe é encaminhada para a Policlínica da Mulher”, falou a médica-pediatra, lembrando que o tratamento é feito de forma gratuita, junto ao seu parceiro sexual, para que não haja reinfecção da sífilis após o acompanhamento.

Cerimônia de certificação

A cerimônia de certificação acontece no próximo dia 3 de dezembro, no Teatro Pedro Calmon, na Avenida do Exército, Setor Militar Urbano (SMU), em Brasília (DF). Na solenidade, Volta Redonda vai receber a placa de eliminação e o selo de boas práticas rumo à eliminação da transmissão vertical.

Fotos de Cris Oliveira – Secom/PMVR.

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