Primeira ação foi realizada nas avenidas Amaral Peixoto e Getúlio Vargas, com nove proprietários notificados; outras localidades serão vistoriadas nesta quinta-feira (23)

A Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Volta Redonda (Compdec) realizou nesta quarta-feira (22) mais uma fiscalização de marquises nos imóveis do município. A ação, desta vez, aconteceu no Centro, tendo como foco principal as avenidas Amaral Peixoto e Getúlio Vargas, em que foram verificadas as estruturas a fim de identificar algum tipo de instabilidade ou cenário de risco, como infiltrações, risco de curto-circuito, queda de emboço, ferragem exposta, e até mesmo um cenário de potencial risco de queda da marquise – a exemplo do que aconteceu no último domingo (19) na própria Getúlio Vargas.

De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Volta Redonda, Rubens Siqueira, esse tipo de ação é reforçada antes do início do período de chuvas. Após a verificação na extensão das duas vias foram feitas nove notificações para que os proprietários dos imóveis realizem, em caráter de urgência, as manutenções preventivas com vistas a garantir a total estabilidade e segurança dessas estruturas, bem como preservar a integridade dos pedestres que passam sob essas marquises.

“As fiscalizações vão continuar nesta quinta-feira (23). Os locais mais visados são os grandes centros, como o Retiro, Aterrado, Vila Santa Cecília, Rua 207, Ponte Alta. Ou seja, são pontos estratégicos, em que temos uma área bem populosa, pessoas circulando, e que precisam estar em total segurança”, adiantou.

Antecipar e prevenir

Rubens Siqueira destaca que a antecipação e prevenção são fundamentais para evitar situações que possam colocar a população em perigo. Ele explica que manutenções anuais costumam ser suficientes para identificar eventuais problemas, que podem ser sanados antes que tomem dimensões maiores e preocupantes.

“Você tem os sistemas da estrutura e de captação e escoamento dessas águas pluviais. É muito importante verificar se o sistema de drenagem, as tubulações estão obstruídas; se tem alguma vegetação, alguma planta sobre essa estrutura que possa obstruir esse sistema de captação e escoamento; verificar os pontos de infiltração que possam estar próximos a pontos energizados, para eliminar o risco de curto-circuito; observar eventuais trincas, fissuras, por onde a água possa se infiltrar e atingir algum ponto de ancoragem da estrutura da marquise. E é preciso estar atento às estruturas com fechamento com material acrílico, que podem mascarar a estabilidade ou não dessa estrutura”, orienta.

O coordenador acrescenta que é importante que esse trabalho seja feito por um profissional habilitado, como um engenheiro ou arquiteto, a fim de encontrar alguma irregularidade. “No caso do fechamento com acrílico, é necessário remover parte dessa estrutura e verificar se tem algum ponto de estabilidade e tomar as providências cabíveis. Se o proprietário encarar o problema no início, essas ações de antecipação e prevenção vão oferecer mais segurança para quando chegar o período de chuvas, em especial.”

Rubens Siqueira acredita, inclusive, que esse tipo de atitude é uma forma de o proprietário do imóvel demonstrar empatia pelas pessoas que passam pelo local – e que, em muitos casos, abrigam pontos de ônibus, em que podem se concentrar dezenas de pessoas.

"Você tem que se colocar no lugar dos outros. A pessoa não é apenas a proprietária, mas também usuária daquele espaço. Ao entender o papel do Poder Público na orientação, no monitoramento, na fiscalização, e seguir essas orientações, você preserva o seu patrimônio e, principalmente, preservar o maior bem que nós temos, que é a vida.”

Como agir em caso de irregularidades

Além do trabalho realizado pela Defesa Civil, Rubens Siqueira reforça que a participação da população é fundamental. “Temos diversos bairros com seus pontos comerciais que apresentam alguma irregularidade. Em certas situações observadas, o cidadão pode avisar ao proprietário sobre os riscos, verificar se há algum agravo. Ou podem ligar diretamente para o número 199, que é o canal direto da Defesa Civil, 24 horas por dia, para que nós possamos – evidentemente preservando o anonimato do denunciante – encaminhar uma equipe ao local para que possa verificar e, se necessário, notificar o proprietário com relação às irregularidades e às medidas corretivas que deverão ser tomadas”, disse.

Ele explica, ainda, que a Defesa Civil encaminha a notificação à Divisão de Fiscalização do IPPU (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano) para que proceda com a ação fiscal.

“Essa ação fiscal tem um prazo na intimação para que ele inicie a recuperação da estrutura dessa marquise, que será de até sete dias para iniciar todas essas manutenções preventivas. O não cumprimento no prazo previsto pode resultar na aplicação de multas, e o agravo desse cenário pode levar até à interdição dessa fachada.”

Fotos de Cris Oliveira – Secom/PMVR.

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