Com auxílio de câmeras da Ordem Pública, homem é preso por tentar aplicar golpe do seguro em Volta Redonda

Imagens do monitoramento da prefeitura foram usadas para comprovar falsa comunicação de crime

Câmeras da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) foram usadas mais uma vez para ajudar as autoridades policiais a esclarecerem um crime em Volta Redonda. Nessa sexta-feira (27), um homem de 42 anos alegou ter sido vítima de um furto de veículo, na Vila Santa Cecília. No entanto, imagens do monitoramento público constataram que ele havia feito uma falsa comunicação de crime. O homem foi preso no momento em que realizava o boletim de ocorrência na delegacia da Polícia Civil (93ª DP).

Ao chegar à 93ª DP, por volta das 18h, o homem relatou que havia tido o carro furtado depois de estacioná-lo, por volta das 13h55, na Rua 21, na Vila Santa Cecília. Segundo ele, ao retornar ao local, em torno das 17h, o carro já havia sido furtado. Imediatamente, ele teria acionado a empresa de seguro e comunicado à Polícia Militar.

A comunicação do crime foi feita 17h10, via 190 – telefone da Polícia Militar. Neste momento, câmeras do Ciosp (Centro Integrado de Operações de Segurança Pública) já acompanhavam o veículo e constataram indícios de que poderia se tratar de uma falsa comunicação de crime. Isso porque em uma das imagens, gravada às 15h14, o homem aparece acompanhado da companheira entrando no veículo e deixando o local, contrariando o que contou inicialmente.

Confrontando pelas autoridades, o homem confessou a falsa comunicação de crime, inclusive indicando aos policiais onde o carro estava. A motivação seria receber o valor do seguro do automóvel. Diante disso, ele recebeu voz de prisão por falsa comunicação de crime e falsidade ideológica.

Tecnologia a serviço da segurança

O secretário municipal de Ordem Pública, Coronel Henrique, parabenizou a atuação de todos os profissionais da segurança envolvidos neste caso e destacou a importância das câmeras de monitoramento e de todo o serviço de inteligência que Volta Redonda possui hoje. Segundo ele, a tecnologia tem atingido o resultado proposto, que é o de inibir e prevenir a prática de delitos, identificar situações suspeitas e auxiliar as autoridades na elucidação de crimes.

“As nossas câmeras hoje não só contam com a gravação das imagens, mas há todo um software de comportamento que permite vermos a circulação dos carros e das pessoas na cidade inteira. Então, muitas vezes se não há uma câmera em determinado ponto, nós conseguimos ter acesso às informações por meio do cruzamento de dados - como dia e horário, e saber se realmente aquele fato narrado é verdadeiro ou não. Isso tem permitido a gente elucidar uma quantidade de crimes muito grande, até mesmo quando não ocorrem como foi neste caso”, disse Coronel Henrique.

Impactos negativos e prejuízo social

Apesar de simples e parecer um ato sem grandes prejuízos, Coronel Henrique enfatizou o que uma falsa comunicação de crime pode gerar de impactos negativos.
“Essa prática acaba fazendo com que os profissionais de segurança gastem uma energia para tentar esclarecer um fato que não aconteceu, sendo que esses recursos poderiam estar sendo empregados na resolução de um verdadeiro caso de crime. Isso também provoca um problema sério nos indicadores criminais, mesmo que de forma artificial, porque acaba fazendo com que as forças de segurança façam o planejamento estratégico de combate ao crime de forma errada. É um fato que gera um grande desgaste e por isso punido com rigor”, disse Coronel Henrique.

De seis meses a oito anos de prisão

Segundo a Polícia Civil, o noticiante de uma falsa comunicação de crime pode ser responsabilizado por delitos diversos, como contravenção, denunciação caluniosa, falsidade ideológica e estelionato, cujas penas variam de seis meses a oito anos de prisão e podem ser aplicadas cumulativamente, a depender do caso.

Fotos: Divulgação/Semop

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