Beatriz Alves de Souza, de 14 anos, se prepara para as seletivas de classificação para as etapas internacionais da competição educacional

A estudante Beatriz Alves de Souza, de 14 anos, do 9º ano do Colégio Professora Delce Horta Delgado, no bairro Aterrado, conquistou a medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) 2021. Agora, a adolescente se prepara para as seletivas que classificarão os 200 melhores estudantes do país para representar o Brasil nas etapas internacionais da olimpíada.

Acompanhada da madrasta, a pedagoga Suzana Nunes, Beatriz recebeu uma homenagem na escola, com direito a um mural na entrada da unidade. Os interesses por astronomia e astronáutica surgiram na infância, quando o pai, professor de Química e Física, trabalhava em um observatório da USP (Universidade de São Paulo). Hoje, a adolescente é motivo de orgulho na família.

“Ficamos muito orgulhosos e felizes, o pai mais ainda porque é professor de Química e Física. Sabemos do potencial dela. O pai dela incentiva muito. Qualquer ida na esquina é motivo para ficar de olho nas estrelas, mostrando que planeta é e como se posicionam no céu. Então ele foi instigando isto e deu frutos”, comentou a madrasta.

Sobre a preparação para a prova, Beatriz disse que estudou sozinha, mas que contou também com auxílio do pai. Ela revelou que ficou surpresa com o resultado.

“Estudei sozinha, mas meu pai me ajudou bastante, porque ele também preparava os alunos dele. Realmente foi mais difícil do que eu esperava, não achava que eu tiraria uma nota tão alta assim. Fiquei muito feliz e ele ficou muito orgulhoso”, disse a jovem, que participa pela terceira vez da OBA.

Beatriz revelou que lida bem com a pressão de poder estar entre os 200 melhores estudantes do Brasil e representar o país nas etapas internacionais no ano que vem.

“Hoje em dia eu faço porque é algo que me interesso e fico feliz fazendo. É mais por diversão mesmo. E ficaria feliz em representar Volta Redonda em uma etapa internacional”, disse.

Questionada se pensa em seguir uma profissão ligada aos temas de astronomia ou astronáutica, Beatriz resumiu: “No começo, queria muito ser astrônoma, mas as coisas mudaram. Talvez eu ainda siga essa carreira... algo ligado ao estudo dos astros”, resumiu.

Sexta medalha vinda do Delce Horta
Com a medalha de ouro conquistada por Beatriz, o Colégio Delce Horta soma a sexta em OBAs. A coordenadora da olimpíada na unidade de ensino do Aterrado, professora Marlei Barbosa Nóbrega Gomes, lembrou que desde 2017 a unidade vem conquistando medalhas na olimpíada e comemorou o feito de Beatriz.

“Esta medalha da Beatriz nos dá muito orgulho, por ser a única aluna da escola pública de Volta Redonda a conquistá-la este ano. Isso alavanca o nome da escola, mas também mostra os talentos que temos. A gente espera que este resultado da Beatriz inspire e possa incentivar a garotada a participar. Porque é isso que queremos: plantar a sementinha, para os alunos caminharem”, disse Marlei.

A diretora geral do Delce Horta, Fátima Lima dos Santos Romão, disse que este ano o ensino remoto foi um desafio para manter as crianças e adolescentes motivados a estudarem. E o resultado da aluna do 9º ano mostra o quanto a Ciência é importante na formação dos estudantes.

“Incentivar os alunos a participarem dessas competições e olimpíadas educacionais é muito importante para a formação científica deles. A gente fica muito satisfeita de ter a Beatriz representando, não só a escola, mas todo o município. Parabenizamos a família, a professora Marlei e também a Beatriz”, falou.

Foto: Geraldo Gonçalves/Secom PMVR

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