Cidade promoveu caminhada na véspera do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes

 

Cerca de 300 pessoas, entre adultos, crianças e adolescentes participaram na manhã desta sexta-feira, dia 17, na Vila Santa Cecília, de uma caminhada pelo Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Em alusão ao dia nacional desse combate (18 de maio), a ação foi promovida pela Secretaria de Ação Comunitária de Volta Redonda (Smac), em parceria com outras secretarias e autarquias municipais, além de instituições da cidade, que realizam trabalhos com crianças e adolescentes.

 

“A secretaria de Ação Comunitária, responsável pela política de assistência social de Volta Redonda, juntamente com toda a rede de proteção municipal, esteve nas ruas, com as crianças e os adolescentes, pra dizer: ‘não ao abuso’! Essa responsabilidade é de todos nós, para que as crianças, que representam o futuro do Brasil, possam viver um presente sem violência”, ressaltou o secretário municipal de Ação Comunitária, Marcus Vinícius Convençal.

 

A caminhada teve concentração na Praça Rotary, debaixo da Biblioteca Municipal Raul de Loni, e seguiu até a Praça Brasil, retornando para a praça da biblioteca. Para o presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) de Volta Redonda, Guilherme da Silva Benedito, o grande diferencial da edição deste ano foi a articulação junto à prefeitura.

 

“Tivemos uma boa presença graças a essa parceria e, apesar de ser um evento pontual, conseguimos transmitir a mensagem que deve ser permanente para estarmos sempre atentos, observando as crianças e adolescentes para qualquer sinal de abuso”, frisou Guilherme.

 

Dentre os jovens presentes estava Layane Santos de Lima, 14 anos, aluna do 9º Ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Jiulio Caruso. Consciente da importância do tema, a estudante falou sobre a importância do evento.

 

“As crianças não têm culpa de um adulto abusar delas. Muitas vezes a criança tem depressão, vai se privando de muitas coisas, não conta para os familiares, perde um pouco da essência dela. Caminhadas e outras ações para conscientizar as pessoas fazem com que coloque na mente delas que o abuso é uma coisa errada, que pode prejudicar a criança e o adolescente para toda a vida”, explicou a estudante.

 

Durante toda a caminhada, alunos do projeto Garoto Cidadão, da Fundação CSN, fizeram um batuque que deu o ritmo da caminhada. Após o retorno à Praça Rotary, foi a vez de uma apresentação de dança do projeto.

 

“No final, fizemos uma intervenção de dança que fala, de forma lúdica, artística, um pouco sobre essa invasão do corpo. Durante todo o mês de maio, a gente vem fazendo trabalhos com os jovens para sensibilizar sobre essa questão. É sempre importante falar sobre esse assunto”, explicou a coordenadora do Garoto Cidadão, Sabine Barbosa Marangon.

 

O evento contou ainda com apresentações de música e luta realizadas por crianças participantes do programa Curumin, da Casa da Criança e do Adolescente de Volta Redonda. A vice-presidente da instituição, Guaraciara Lopes, afirmou que a cada dia as pessoas denunciam mais casos e é importante chamar a atenção da população.

 

“São mais casos, ou as pessoas estão perdendo a vergonha, ou até mesmo estão sabendo que devem denunciar. Nesses eventos, quando vemos as pessoas que estão na loja olhando, ou da janela de um prédio, a gente vê que ela tem curiosidade de saber o que é aquilo que está acontecendo. Então, toda e qualquer manifestação é muito importante. E que, a cada ano, Volta Redonda faça um evento cada vez maior para a gente diminuir consideravelmente o número de casos”, disse Guaraciara.

 

Outras instituição participante foi a Apae-VR (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). A diretora da escola da Apae-VR, Ana Gilda Maria, lembrou que a instituição sempre participa desses eventos.

 

“Conseguimos mobilizar, sensibilizar todos os professores. A gente tem criança lá na Apae. Achamos bom engrossar o movimento, colocar isso para os pais e os alunos saberem porque estão aqui”, frisou Ana Gilda.

 

Para o prefeito Samuca Silva, reforçar a importância do tema junto à população é fundamental para que as pessoas denunciem e ajudem o poder público nesse combate à exploração dos jovens.

 

“Volta Redonda conta com uma estrutura, tanto da administração pública quanto de instituições parceiras, para atender nossos jovens que sofrem esse tipo de abuso. E nosso papel também é alertar a população para que participe desse cuidado com nossas crianças e adolescentes, que denunciem qualquer tipo de abuso”, ressaltou o prefeito.

 

Por Raphael Martiniano, com fotos de Evandro Freitas / SecomVR
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