Cerca de 4 mil certificados já foram entregues entre 2021 e 2022 no programa que favorece a geração de renda

Mais 1,5 mil certificados foram entregues na tarde dessa terça-feira, dia 20, para os alunos do segundo semestre das oficinas de Capacitação e Inclusão Produtiva (CIP) e das oficinas do Projeto Novos Horizontes – Acessuas Trabalho, promovidas pela prefeitura de Volta Redonda, através da Secretaria Municipal de Ação Comunitária (Smac). A cerimônia de formatura aconteceu na sede do Clube Comercial, no bairro Colina, e contou com a presença dos formandos e seus familiares. De 2021 para cá, já foram entregues cerca de quatro mil certificados.

As oficinas do Programa de Inclusão Produtiva, coordenadas pelo Departamento de Proteção Básica, são realizadas nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e nos Centros de Convivências dos bairros. As 16 opções de curso são Artes com Feltro; Artes com materiais Reciclados; Artes em vidros; Artes em customização; Artesanato Criativo; Barbeiro; Cabeleireiro; Corte e Costura; Culinária; Designer de Sobrancelha; Estética (Massagem relaxante); Manicure; Trancista; Garçom; e Treinamento de Maitre.

O prefeito Antonio Francisco Neto, que estava presente na formatura, destacou a importância dos cursos profissionalizantes, que preparam para o mercado de trabalho ou para atuação como empreendedor individual.

“Quero agradecer e parabenizar todos os formandos e os profissionais da Smac, por esse dia tão especial. Através desses cursos, será possível inserir a nossa população no mercado de trabalho, seja através de um emprego formal ou como empreendedor. Desde que reassumimos a administração municipal, estamos reconstruindo a nossa cidade e na assistência social não é diferente. Que, a partir de hoje, vocês possam utilizar tudo que aprenderam para mudar a vida de vocês. Acreditem em vocês”, ressaltou.


A diretora do Departamento de Proteção Social Básica da Smac, Rosane Marques (Branca) – que estava representando a secretária de Ação Comunitária, Carla Duarte –, agradeceu a confiança da população no trabalho da secretaria.

“Nós oferecemos as ferramentas, mas o sucesso do trabalho depende de vocês, que se dedicam aos cursos para conquistar vaga no mercado de trabalho ou para atuar como empreendedor individual. A inclusão produtiva funciona como uma oportunidade para as pessoas buscarem trabalho e se colocarem no mercado de trabalho, além de possibilitar que o poder público possa oferecer as famílias possibilidades diferentes, um caminho novo”, explicou a diretora.

Algumas atividades são realizadas através de parcerias com instituições de ensino como a Faculdade Sul Fluminense (Fasf), Instituto de Cultura Técnica (ICT), Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA), Centro Universitário Geraldo Di Biase (UGB), Fundação Educacional de Volta Redonda (Fevre) e com o Sistema Firjan, onde são oferecidas bolsas de aprendizagem para os adolescentes. Para os cursos mais extensos são oferecidas bolsas em torno de R$ 300.

A coordenadora do Programa de Inclusão Produtiva da Smac, Marlene Mota, se emociona a cada formatura e repete toda cerimônia que conhecimento não ocupa espaço e ninguém pode tomar: “Tenho certeza de que esse certificado vai trazer novas oportunidades na vida de vocês”, disse.

Inclusão Produtiva beneficiando gerações diferentes da mesma família

E a ocasião da formatura foi um dia para mais que especial para a família Lessa Monteiro. Quem conta essa história é a Amanda Lessa Monteiro, 30 anos, moradora do bairro Padre Josimo, filha da formanda Ana Paula Lessa Monteiro, 53 anos.

“Quando eu tinha 17 anos, minha mãe trabalhava na área da beleza e aí resolvi fazer a oficina de manicure no Cras. Daí para frente fui me especializando nessa área, fazendo outras atividades que eram oferecidas na unidade próxima a minha casa. Fiz oficinas de cabelereiro, maquiagem e design de sobrancelha. Com isso, assim que completei 18 anos, entrei no mercado de trabalho na área de beleza. Ao mesmo tempo, fiz a minha faculdade de Psicologia e me mantinha fazendo procedimentos estéticos nas colegas de faculdade. Assim que me formei, tive a felicidade de voltar e trabalhar no Cras, local onde minha vida profissional começou”, explicou a filha.

Durante todo esse tempo, Amanda manteve o seu espaço de beleza, diversificando a sua carreira profissional. “Além de psicóloga, tenho meu espaço de beleza onde trabalho como design de sobrancelhas e limpeza de pele. E hoje, depois de anos, a minha mãe, que me incentivou e me mostrou a área da beleza, voltou para o mercado de trabalho. Ela fez outro curso de manicure para se especializar, e estamos aqui para sua formatura. Hoje trabalhamos juntas no mesmo espaço”, contou Amanda, que recebeu o agradecimento da mãe.

“Ficou muito feliz e agradecida por ter a oportunidade de me qualificar para voltar ao mercado de trabalho. É muito emocionante saber que plantei essa sementinha na minha filha e agora estamos trabalhando juntas”, finalizou a formanda Ana Paula Lessa Monteiro.

Programa de Inclusão Produtiva e Geração de Renda

As oficinas de Capacitação e Inclusão Produtiva (CIP) priorizam as famílias em situação de vulnerabilidade social, vindas da rede de Proteção Social Básica e Proteção Social Especial, com idade acima de 16 anos. O objetivo do programa é fortalecer a autonomia econômica dos usuários, formando grupos de produção autogestionários; preparando o usuário para atuar como empreendedor individual, ou para o mercado de trabalho.

E o Projeto Novos Horizontes – Acessuas Trabalho atende pessoas com idade entre 14 e 59 anos, e tem como meta a realização de oficinas de orientação para o mercado de trabalho, que compreendem espaços de reflexão, conscientização e discussão sobre temas relacionados ao mundo do trabalho.

As próximas oficinas serão iniciadas a partir de janeiro de 2023. Os interessados devem procurar o Cras mais próximo de sua residência para se inscrever.

Foto: Cris Oliveira – Secom/PMVR

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