Tráfego está restrito a veículos de moradores, ônibus e carretas que ultrapassem as dimensões permitidas no âmbito urbano

 

Na manhã desta segunda-feira (30), o prefeito de Volta Redonda, Antonio Francisco Neto, se reuniu com vereadores e o deputado estadual eleito Munir Neto em seu gabinete. Os parlamentares elogiaram a decisão de interditar os acessos à Rodovia do Contorno, em dois trechos dentro dos limites municipais. A decisão de interdição foi tomada após o registro de acidentes na estrada, o último deixou quatro pessoas mortas e outras duas feridas. O tráfego no local está restrito a veículos de moradores dos condomínios residenciais construídos às margens da rodovia, ônibus e a carretas que ultrapassem as dimensões permitidas no âmbito urbano.

O chefe do Executivo Municipal também procurou representantes do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) para alinhar soluções emergenciais.

“A interdição é 24 horas por dia. Os motoristas permitidos a trafegar são orientados pelos guardas municipais a dirigir com uma velocidade reduzida. A Rodovia do Contorno vai permanecer interditada entre a Rodovia dos Metalúrgicos até Três Poços, até que sejam tomadas ações pelos órgãos competentes que garantam segurança para os veículos que circulam pela região”, frisou o secretário municipal de Ordem Pública, tenente-coronel Luiz Henrique Monteiro Barbosa.

Além disso, a prefeitura, através da Procuradoria Geral do Município (PGM), vai à Justiça, na 3ª Vara Federal de Volta Redonda, solicitar uma audiência especial com o Dnit e o DER para a realização de manutenções emergenciais na Rodovia do Contorno. O pedido leva em consideração um laudo técnico da STMU (Secretaria Municipal de Transporte e Mobilidade Urbana). Os parlamentares também se comprometeram a enviar um ofício à Justiça.

“Não é uma obra pequena e é complexa. Além do asfalto muito ruim, há essa argila que sai dele. Vamos falar com o Dnit e o DER. O Poder Público (municipal) não consegue fazer a intervenção para que ela fique boa. Mesmo não tendo jurisdição legal, interditamos, porque entendemos que não podemos mais perder vidas e estamos buscando uma solução emergencial junto aos órgãos competentes”, ressaltou Neto, frisando que a interdição seguirá até que uma solução seja encontrada.

Laudo técnico aponta defeitos estruturais

Um laudo técnico da STMU aponta diversos defeitos estruturais, como afundamentos, fissuras, trincas e rachaduras, que podem provocar novos acidentes. Além das condições precárias de manutenção e sinalização, aumentando o risco no período de chuvas. Por conta de trincas no pavimento, há um bombeamento de um fino material que compõe a base do pavimento em diversos trechos. Por isso, sobre a pista é criada uma camada de lama, mesmo em dias sem chuva, provocando a perda do controle dos veículos pelos condutores e aumentando o risco de colisão frontal.

Secom/PMVR

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