Trabalho existe há mais de 20 anos e conta com apoio de doações semanais

 

O Banco de Leite Humano do Hospital São João Batista (HSJB), em Volta Redonda, é uma iniciativa que existe há cerca de 21 anos, o projeto é único na região Sul Fluminense e atende mais de 300 crianças por mês, com o apoio de mais de trinta doadoras cadastradas. Projeto garante a segurança alimentar para bebês prematuros e de baixo peso, que estiverem internados na UTI Neonatal do hospital, reduzindo, assim, a mortalidade infantil.

A UTI Neonatal usa 8 refeições diárias como média, cada bebê com uma prescrição individualizada (relacionado a volume de leite). Por mês, essa conta gera uma média de 2.640 doses de leite humano.

A coordenadora do projeto, Tatiane Lucio Chaves, destacou a importância das doadoras para o serviço. “O Banco de Leite é uma casa de apoio e proteção. Nós promovemos este apoio à amamentação, à plenitude da amamentação. Nós explicamos a importância do aleitamento materno e incentivamos as mães que estão em casa e tem leite excedente, que façam essas doações. Nós fazemos campanhas, tentamos sensibilizar essas mães para elas se tornarem doadoras, isso é muito importante”, disse Tatiane.

A pediatra Thais Ferraz salientou o valor do leite materno para os bebês. “O leite materno ajuda no desenvolvimento das crianças. Ele é recomendado pelo fato de proteger a saúde das crianças, elas adoecem menos, tem menos otite, menos pneumonia e alergias. A fórmula que é dada para suprir é o leite de vaca tratado, então as crianças tem mais alergia, por conta da proteína animal. Por isso, o leite materno é importante. A gente tem toda a equipe preparada do Banco de Leite, estamos ali para incentivar, apoiar a amamentação e doação, o leite materno só gera benefício aos bebês”.

Depoimento de quem se tornou doadora

Uma das doadoras, Carolina Valente, contou sua trajetória e o que a fez participar do projeto. “Eu comecei a ser doadora a partir do momento que tive dificuldade de amamentação. No início minha filha não tinha a pega correta e foi muito desafiador. Fiz um propósito com Deus, eu falei que se eu conseguisse amamentar a Manuela, eu iria doar meu leite para outras pessoas que precisam. Eu acho uma iniciativa espetacular, o leite materno é algo fundamental para a criança e a gente poder ajudar as mães que não podem amamentar os filhos, é muito gratificante”, finalizou Carolina.

A mãe da Liz, Glauce Eneida Ferrarezi, relatou que já era doadora de sangue e que, com o nascimento da filha, decidiu passar a doar leite. “Eu já era doadora de sangue e, após a gestação, não podia mais fazer a doação de sangue. Então eu decidi doar leite, já que eu tenho leite de sobra. Eu fiz contato com o Banco de Leite do Hospital São Batista, onde as meninas me explicaram como eu poderia fazer. Eu sou doadora há 6 meses, eu indico que mais mães que têm essa possibilidade de fornecer leite, doe, gente. É muito importante, tem bastante criança precisando”, ressaltou Glauce.

Rota – O Banco de Leite conta com uma rota que vai uma vez por semana na casa das doadoras, leva todo material necessário como frasco, touca e máscara. Uma enfermeira habilitada vai à residência dessa mãe e faz toda a orientação para que o processo seja feito da forma correta, e o leite chegue ao banco com qualidade.

Uma equipe do local também realiza pasteurização do leite para deixá-lo adequado e com padrão de qualidade ouro e, assim, ser entregue aos bebês da UTI Neonatal.

Como doar

Qualquer mulher pode ser doadora. A candidata realizará um cadastro e receberá todas as informações necessárias. Será feita uma coleta dos dados pessoais e da gestação. Estando liberado pela médica, o Banco de Leite Humano entrará em contato com a doadora para agendar a visita domiciliar, capacitação para ordenha e armazenamento do leite humano.

Outras orientações sobre como se tornar uma doadora podem ser obtidas no Banco de Leite Humano do Hospital São João Batista, através do telefone: (24) 3339-4242, ramal 348.

Fotos de divulgação – Secom/PMVR.

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