Evento apresentou ações do programa, que conta com cultivo de planta medicinal, envolvimento da agricultura local e a produção de medicamentos fitoterápicos para atender usuários da rede pública

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Volta Redonda realizou nesta quarta-feira (29) o Seminário Farmácia Viva de Volta Redonda. O objetivo foi apresentar ações desenvolvidas no programa, que conta com cultivo de planta medicinal, envolvimento da agricultura local e a produção de medicamentos fitoterápicos para atender usuários da rede pública. O evento, que aconteceu pela manhã no auditório do UGB (Centro Universitário Geraldo Di Biase), no bairro Aterrado, reuniu profissionais da rede pública de saúde do município e das secretarias de Ação Comunitária (Smac) e de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos (SMDH).

“Através do Arranjo Produtivo Local em Plantas Medicinais, a implantação da Farmácia Viva tem como objetivo o desenvolvimento da Política Municipal de Práticas Integrativas e Complementares ao SUS (Sistema Único de Saúde). Esse seminário é uma oportunidade única para fortalecimento dessa política, que tem como objetivo garantir à população o acesso seguro e racional a medicamentos fitoterápicos por meio da estruturação da Farmácia Viva, de forma sustentável”, disse a secretária municipal de Saúde, Maria da Conceição de Souza Rocha.

A secretária compôs a mesa de abertura do seminário junto de: Fabiola Angelita C. B. Martins, coordenadora de PICS (Práticas Integrativas Complementares) e do Projeto APL/Farmácia Viva; Regina Maria Magio, do Conselho Municipal de Saúde (CMS); Cristiane Rodrigues – assessora da Secretaria de de Estado de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços (Sedeics) do Rio de Janeiro.

Apresentação das ações

Após a composição da mesa de abertura e discursos iniciais, o evento contou com apresentações das ações desenvolvidas pelo projeto APL (Arranjo Produtivo Local)/Farmácia Viva, da SMS, que fica localizado na Fundação Beatriz Gama (FBG), no bairro Retiro, e atua com cultivo de planta medicinal, envolvimento da agricultura local e a produção de medicamentos fitoterápicos para atender usuários da rede pública de saúde em Volta Redonda.

Dentre os temas apresentados, a Secretaria de Saúde contou com dois temas: o “Status do Projeto Desenvolvimento de Arranjo Produtivo Local/Farmácia Viva de Volta Redonda”, apresentado pela coordenadora do projeto, Fabíola Martins; e “Padronização de Processos como ferramentas para implantação de Farmácias Vivas”, com Arthur Luiz Correa, que atua na Assistência Farmacêutica da SMS e conta com a colaboração técnica da UFF - Engenharia de Agronegócio, campus Volta Redonda.

Também participaram representantes de instituições parceiras. Pelo Campus Pinheiral do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), Glaziele Campbell apresentou a “Colaboração em Ensino, Pesquisa, Inovação e Extensão: O Impacto da Farmácia Viva no IFRJ - Campus Pinheiral e Região”. Da UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), Neide Epifanio mostrou informações sobre o “Desenvolvimento da droga vegetal Capim Limão/Cymbopogon cytratus, desafios no controle de qualidade”.

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços (Sedeics/RJ) enviou a representante Christiane Rodrigues, que falou sobre o “Panorama das Farmácias Vivas no Rio de Janeiro”. E pelo Instituto Vital Brazil, de Niterói (RJ), Leide Ferreira falou sobre “A contribuição do Instituto Vital Brazil na implantação de projetos de Plantas Medicinais e Farmácias Vivas”.

Farmácia Viva

A Farmácia Viva é um modelo de farmácia que inclui desde o cultivo da planta medicinal, e aí envolve a cadeia produtiva com a agricultura local até o produto final, que é o fitoterápico, medicamento produzido com plantas medicinais. O público-alvo é formado por usuários do SUS (Sistema Único de Saúde) por meio da Atenção Primária da SMS. O laboratório de beneficiamento será na Fundação Beatriz Gama, e a dispensação nas farmácias das unidades de saúde.

O espaço onde funcionará o laboratório foi reformado, equipado e, em breve, será inaugurado. Com uma área total de 273m², a Farmácia Viva contará com sala para recebimento das plantas medicinais; salas de processamento do fitoterápico, de armazenamento/quarentena, de controle de qualidade, de preparação e de paramentação, além de área de dispensação. Terá ainda recepção, sala administrativa, vestiários, sanitários e dois depósitos de material de limpeza.

Foto de Geraldo Gonçalves – Secom/PMVR

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