Palestras, na tarde desta quarta-feira, dia 20, foram para profissionais de saúde e educação, além de líderes comunitários que atuam com adolescentes

 

Com objetivo de fazer uma reflexão sobre a sexualidade do adolescente e a importância de prevenção da gravidez nesta faixa etária, a Secretaria de Saúde de Volta Redonda realizou na tarde desta quarta-feira, dia 20, o I Fórum de Prevenção de Gravidez na Adolescência. O evento, no Auditório da UFF (Universidade Federal Fluminense), campus Aterrado, reuniu cerca de 200 profissionais, professores e acadêmicos da área de saúde, profissionais da educação e líderes comunitários que atuam com adolescentes.

 

De acordo com a coordenadora do Setor de Saúde da Criança e Adolescente, Patrícia Selvati, durante o encontro, serão ministradas cinco palestras para falar sobre o papel do profissional de saúde neste contexto. “Ainda será retratado o cenário de Volta Redonda e um comparativo com a situação em todo Estado do Rio. Além disso, serão enfatizadas ações, hoje disponibilizadas pelo município, voltadas para os adolescentes”, falou.

 

Ela lembrou que, são considerados adolescentes os indivíduos de 10 a 19 anos, de acordo com o Ministério da Saúde e Organização Mundial de Saúde (OMS) ou de 12 a 18 anos, se for considerado o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA).

 

O evento foi organizado pela Divisão de Área Técnica e Educação em Saúde (DATES), por meio das áreas técnicas de Saúde do Adolescente; das Mulheres; e Programa de Saúde na Escola (PSE). As palestras serão de responsabilidade dos enfermeiros Giuliano Exposito, coordenador do Programa de Saúde na Escola, e Patrícia Selvati, coordenadora do Setor de Saúde da Criança e Adolescente, e Ana Beatriz dos Reis Rodrigues, do Setor de Educação Permanente; além da ginecologista Juliana Monteiro, coordenadora do Setor de Saúde da Mulher, e Alexandre Alvarenga, do Controle Jurídico da Secretaria de Saúde.

 

Os temas abordados foram: perfil epidemiológico de Volta Redonda, perfil biopsicossocial das gestantes adolescentes, papel do profissional de saúde na prevenção da gestação na adolescência, PSE na interface com a sexualidade, abordagens metodológicas e aspectos legais. Após à exposição dos profissionais, foram discutidas as ações no município e como ampliar as oportunidades em educação e saúde com foco no direito sexual e reprodutivo para adolescentes.

 

O secretário de Saúde de Volta Redonda, Alfredo Peixoto, afirma que essa discussão deve ser contínua entre os profissionais da área de saúde e nichos da sociedade que atuam com adolescentes. “A gravidez na adolescência não é uma novidade, mas, apesar do trabalho de conscientização desenvolvido, os casos ainda são frequentes”, alertou, lembrando que além da gravidez, o sexo sem proteção pode transmitir doenças aos adolescentes. 

 

O prefeito Samuca Silva ressaltou que trabalhar a prevenção é uma orientação de sua gestão. “A gravidez na adolescência pode se tornar um problema de saúde pública, quando se trata de mães muito jovens, além de ser um problema social. Normalmente, essas mães precoces deixam de estudar e, sem qualificação, diminuem a renda familiar quando entram no mercado de trabalho”, acredita.

 

A médica da unidade da Atenção Básica no Volta Grande, Mariana Marinho, está há dois meses na função e achou interessante discutir o tema gravidez na adolescência. “Temos que focar na prevenção e pela proximidade que temos com as famílias devemos estar aptos a ajudar. Além disso, achei importante a reunião de profissionais de diversas áreas para discutir sobre o assunto”, opinou.

 

Ângela Maria de Souza, da Pastoral da Criança, afirma que o papel da entidade é assistir crianças de 0 a 6 anos e incentivar as grávidas adolescentes a procurar o pré-natal adequado e apoiar durante a gestação. “Apesar de não trabalhar com a prevenção, é muito importante conhecer os serviços e ações oferecidos pelo município para este público”, afirmou.

 

A coordenadora do Núcleo de Ensino e Pesquisa do Hospital São João Batista, Márcia Canavez, que também é professora do curso de enfermagem no UniFOA (Centro Universitário de Volta Redonda), levou os alunos que fazem estágio em Saúde Coletiva para participarem do fórum. “A adolescente grávida, ou na idade em que isso pode acontecer, é um público muito presente neste início de vida profissional desses estudantes”, disse.

 

Por Renata Borges com fotos de Gabriel Borges – Secom/VR
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