Evento para o público LGBT homenageou mães que aceitam os filhos e lutam contra o preconceito social e familiar

 

A secretaria de Políticas para Mulheres, Idosos e Direitos Humanos de Volta Redonda (SMIDH), realizou na tarde desta quarta-feira, dia 08, o evento ‘Família, lugar de acolhida’, na sua sede no bairro Nossa Senhora das Graças, reunindo pessoas LGBT e mães que assumiram os seus filhos e lutam para derrubar o preconceito social e dentro das próprias famílias com base no amor.  

 

O prefeito Samuca Silva, explicou o papel do Centro Comunitário na sua gestão. “A Secretaria conta com uma equipe multidisciplinar composta por advogados, assistentes sociais e psicólogos prontos para tirar dúvidas e ajudar a população. Os direitos, o combate a violência e ao preconceito, tratamento digno para as pessoas independentes de cor, idade, sexo, gênero. O nosso Centro de Cidadania LGBTs quer cada vez ser um canal de acolhimento, de transformação e aceitação  para uma sociedade melhor, onde as pessoas se aceitem como são, sem discriminação”, comparou.  

 

Participaram a secretária municipal Dayse Penna (Smidh), a coordenadora do LGBT estadual, Talita Maia, as profissionais da equipe da secretaria, psicóloga Eliete Barbosa, a parapsicóloga e educadora, Regina Celi.

 

Dayse destacou a presença do público presente e comentou a importância do espaço criado na secretaria. “Nós temos centros especializados de cidadania, Idoso, Mulheres e LGBT. Se vocês estão aqui é porque estamos conseguindo conquistar corações. O projeto ‘Família Local de Acolhida’ deseja quebrar o preconceito, fazer o enfrentamento da violência, buscando condições de aceitação do LGBTs em primeiro lugar, dentro de casa onde existem dificuldades para quebrar padrões de rejeição familiar. Queremos mostrar que a convivência entre os familiares é fundamental para um ambiente de harmonia”, frisou a secretária.

 

Uma das mães homenageadas, Flávia Curty, que faz parte do coletivo ‘Mães pela Diversidade’ que existe no país, condenou o preconceito. “Eu aceitei muito bem os meus filhos, sem nenhum preconceito. Mas acho que a luta ainda é grande. E quando isto não é aceito dentro de casa, o sofrimento para os filhos é maior que o preconceito das ruas. Diálogo, respeito e amor são os sentimentos certos. Os pais devem procurar ter mais informações, conhecer melhor o assunto e nunca deixar de amar os seus filhos. Isto derruba qualquer preconceito. Eu me sinto muito honrada com a homenagem recebida”, afirmou Flávia.

 

Talita Maia, coordenadora do LGBT estadual, citou o pacto de cooperação técnica entre o governo do Estado e o município de Volta Redonda, favorecendo o trabalho de ocupação do Centro de Cidadania criado na secretaria para o debate, um canal de conversas e políticas públicas destinado ao público LGBT. Este trabalho é realizado em 12 cidades na região do Médio Paraíba.

 

A educadora Regina Celi comentou o espaço do Centro de Cidadania LGBT. “Em primeiro lugar, este já é um espaço de acolhida para a grande família LGBT. Este é um espaço também de mediação contra o preconceito, para que os pais aceitem os seus filhos. E os filhos possam também aceitar os pais e juntos, superem a incompreensão”.

 

Afonso Gonçalves, fotos de Evandro Freitas, Secomvr
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