Ação atende à Lei Federal de Inclusão da Pessoa com Deficiência que prevê oferta de recursos de acessibilidade em todas as sessões

 

A Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPD) de Volta Redonda é parceira da empresa Cine Araújo, que atua no shopping Park Sul, para ampliar a acessibilidade no cinema. A ação atende à Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, que obriga a oferta de recursos acessibilidade em todas as sessões e filmes.

A sessão das 16h15, do filme “Avatar: o caminho da água”, na segunda-feira, dia 09 de janeiro, foi um marco na luta pela inclusão das pessoas com deficiência no setor cultual e de entretenimento em Volta Redonda. O secretário da Pessoa com Deficiência, Washington Uchôa, levou dois jovens surdos à sala de cinema para testar o aplicativo Moviereading.

Juliane Cristina Brizola de Oliveira Santos Duarte e Samuel Rodrigo Batista Uchôa estavam acompanhados do intérprete Douglas Vilas e aprovaram a ferramenta. “A adaptação foi automática, conseguimos acompanhar e entender toda história por meio dos recursos disponíveis pelo aplicativo baixado no celular”, disseram os jovens, lembrando que o Moviereading garante acessibilidade em qualquer filme.

De acordo com Washington Uchôa, o Cine Araújo atendeu prontamente um pedido da secretaria para ampliar o número de sessões legendadas em suas salas. “As sessões legendadas estão disponíveis apenas nos horários de 21h30 e 22h, dificultando o acesso, principalmente, para quem depende do transporte público”, explicou o secretário.

Ele reforçou que a gerência foi além e pediu que a SMPD ajudasse à empresa a cumprir a Lei Federal de Inclusão da Pessoa com Deficiência. “As salas de cinema tinham até 2021 para se adequar à Lei 13.146/2015, mas por conta da pandemia da Covid-19 o prazo foi estendido até 2023”, contou Washington Uchôa, que também deve levar um deficiente visual para testar o aplicativo Moviereading.

O gerente Geral do Cine Araújo Volta Redonda, Rodrigo Florêncio Dutra, afirmou que o Moviereading é um dispositivo para smartphones e tablets, criado para proporcionar acessibilidade completa nas salas de cinema e outras mídias, disponibilizando recursos da audiodescrição (para deficientes visuais), legendas e Libras (Língua Brasileira de Sinais).

“É muito importante que as pessoas que realmente precisam do aplicativo façam o teste de eficiência. Que bom que os primeiros convidados se adaptaram. Agora, o cinema pode começar a investir para disponibilizar aparelhos celulares, já com o aplicativo baixado, para uso durante a sessão, além de carregadores para manter os dispositivos ligados durante toda sessão”, falou Rodrigo.

Foto cedida pela SMPD – Secom/PMVR

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