A saúde oral preventiva para autistas foi tema de uma reunião entre os secretários municipais da Pessoa com Deficiência, Pastor Washington Uchôa, e de Saúde, Maria da Conceição de Souza Rocha, com a presidente da Apadem (Associação de Pais de Autistas e Deficientes Mentais), Márcia das Candeias. O encontro debateu também o atendimento humanizado a portadores do Transtorno do Espectro Autista (TEA) na rede pública de Volta Redonda.

O secretário da Pessoa com Deficiência lembrou que a dificuldade encontrada na realização da higiene bucal é um desafio diário para pessoas com autismo, sejam crianças ou adultos. E isso requer um olhar voltado para a saúde oral preventiva, com objetivo de evitar que essas pessoas procurem a rede pública em um quadro irreversível, que podem chegar a extração dos dentes.

“A presidente da Apadem, a Márcia, nos procurou relatando esta dificuldade no município, principalmente no caso de crianças. Por isso, intermediamos a reunião com a Conceição, que entendeu o problema e se comprometeu a identificar profissionais que façam este tipo de atendimento humanizado. Queremos evitar atendimentos traumáticos, onde em alguns casos é preciso até mesmo o uso de sedação”, apontou Uchôa.

A presidente da Apadem explicou que o TEA ocasiona deficiências importantes relacionadas às interações sociais. Ela lembrou que os autistas costumam possuir uma percepção diferente em relação aos indivíduos que não têm a síndrome, o que dificulta situações simples, como escovar os dentes.

“O autista é mais sensível. Pode ser o atrito da escova na boca ou o gosto da pasta dental; é desconfortável para ele. Por isso, a prevenção é mais difícil e é necessário que o dentista saiba como abordar. O profissional precisa criar um vínculo com o paciente para que o tratamento seja eficaz”, disse Márcia, frisando que a saúde oral preventiva diminui os riscos e até os gastos da saúde pública com esses pacientes.

 

Foto: Secom/PMVR

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