Previsão é que programa da prefeitura realize mais 1,5 mil operações pelo SUS até dezembro

O projeto Revi-VER, implantado em julho deste ano pela Prefeitura de Volta Redonda, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), alcançou nesta semana a marca de três mil cirurgias de catarata realizadas. O serviço é gratuito e os atendimentos, assim como as operações, ocorrem em um centro cirúrgico oftalmológico móvel instalado na Ilha São João. A previsão é que o programa realize mais 1,5 mil operações pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

A secretária de Saúde, Maria da Conceição de Souza Rocha, lembrou que a catarata é uma doença que não é uma emergência, mas que pode incapacitar. Por isso, a Secretaria de Saúde se viu na obrigação de promover a qualidade de vida e autonomia dos moradores de Volta Redonda através da criação do programa Revi-VER.

“Esses são serviços essenciais que têm que estar funcionando o tempo inteiro. Recebemos uma rede de atenção muito desestruturada, uma fila de aproximadamente quatro mil cirurgias de catarata. Então pensamos estratégias para ofertar esta cirurgia, que não precisa ser realizada em ambiente hospitalar, podendo ser feita em ambulatórios e o mais importante: não usa o medicamento de entubação, que era uma das dificuldades no ponto alto da pandemia, já que é usado no tratamento a pacientes graves, tanto no CTI Covid quanto em outros”, lembrou Conceição.

Após as cirurgias, os pacientes recebem um colírio que ajuda na recuperação e são acompanhados pelos profissionais do projeto por 30 dias. Quatro meses depois do início do programa e três mil cirurgias realizadas, a secretária explicou que ele permanecerá em Volta Redonda até a reestruturação da rede de atenção à saúde oftalmológica do município.

“O projeto funciona a cada 15 dias fazendo cirurgias e neste período ficam profissionais avaliando os pré e pós-operatórios. É a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Não temos tido complicações das cirurgias, estamos acompanhando de perto. Temos depoimentos dos pacientes que mostram que o programa é um sucesso”, comemorou, informando que os casos de maior complexidade que precisam da internação hospitalar são encaminhados para o Hospital Dr. Munir Rafful, no Retiro.

O vice-prefeito e um dos idealizadores do projeto Revi-VER, Sebastião Faria, também celebrou o sucesso do Revi-VER e elogiou o trabalho da Secretaria Municipal de Saúde.

“Em qualquer projeto temos que buscar: qualidade, custo e rapidez. E o Revi-VER atende este trinômio. A qualidade é comprovada pela satisfação e alegria das pessoas após a cirurgia. A rapidez, é que num período de quatro meses nós fizemos três mil cirurgias; e o custo, por paciente, é de aproximadamente R$ 700, enquanto na rede particular esse valor seria de R$ 5 mil. Então a Secretaria de Saúde está de parabéns”, afirmou.

Serviço aprovado pelos pacientes
A aposentada Fátima Aparecida Guimarães foi uma das pacientes que se submeteram à cirurgia de catarata através do projeto Revi-VER. Ela contou que estava há dois anos aguardando passar pelo procedimento e se mostrou satisfeita após o procedimento.

“Eu estava precisando muito dessa cirurgia porque tenho três netos e uma bisneta recém-nascida sob minha responsabilidade. A cada dia que passava minha visão piorava. Quando soube que faria a cirurgia foi a maior alegria para mim. Não podia ter acontecido nada melhor para poder ajudar as pessoas. O atendimento aos pacientes é muito bom. A equipe conversa com a gente, explica, está sendo muito bem orientado”, aprovou a moradora da Vila Americana.

Anésia Moreira de Sá, moradora do Santa Inês, foi outra paciente que elogiou o serviço. Ela espera que, em breve, possa retomar o que deixou de fazer por causa do problema de visão.

“Estou me sentindo muito bem, graças a Deus. Minha vida já é muito boa, agora vai ficar ainda melhor. Já quero voltar a viajar, a fazer ginástica. Continuar a vida. Se eu estivesse com a vista ruim não poderia fazer isso”, disse a aposentada.

A filha de Anésia, Sônia Moreira de Oliveira, também aprovou a implantação do projeto e elogiou o serviço oferecido gratuitamente pela prefeitura.

“Achei de uma importância muito grande, sendo que a maioria dos pacientes não tem condições de pagar por uma cirurgia na rede particular. Aqui descobrimos que minha mãe estava com catarata nos dois olhos. Cheguei a levar ela numa clínica, onde só foi diagnosticada a doença em um dos olhos. Foi através do projeto Revi-VER e os exames feitos na Ilha São João é que foi detectado que ela estava com catarata nos dois olhos em estado avançado. Em um dia ela fez a consulta e no seguinte foi encaminhada para a cirurgia. O procedimento foi uma maravilha. O prefeito Neto está de parabéns”, celebrou.

Como participar do Revi-VER
Pode se inscrever no programa qualquer morador de Volta Redonda que já tenha sido diagnosticado com catarata. O interessado ou familiar deve procurar o DIPA – Departamento de Informação, Programação e Avaliação – que fica na sede da Secretaria de Saúde, no antigo hospital Santa Margarida, no bairro Niterói, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17 horas.

É preciso levar o Cartão SUS ou CPF e documento com foto do paciente, além de um número de telefone para contato. Não é necessário ter encaminhamento oftalmológico, pois haverá avaliação médica antes do procedimento cirúrgico.

 

Foto: Secom/PMVR

Pin It