Duas adolescentes passarão pelo procedimento de alta complexidade no Hospital São João Batista

O projeto Coluna Reta, programa pioneiro da Prefeitura de Volta Redonda para diagnóstico precoce e tratamento da escoliose idiopática, chega a sua terceira rodada de cirurgias. O programa inédito no Brasil já realizou quatro cirurgias para correção da escoliose, a doença afeta de 2% a 4% da população mundial, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde).

Mais duas adolescentes de Volta Redonda, que têm indicação para cirurgia, passarão pelo procedimento cirúrgico neste sábado, dia 12, no Hospital São João Batista (HSJB). Raissa de Laia Eloi, de 16 anos, moradora do bairro Vila Brasília, e Maria Eduarda Mello Souza, de 18 anos, moradora do Aero, serão atendidas pelo ortopedista especialista em coluna, Juliano Coelho, que é responsável pelo projeto.

Além do ortopedista especialista em coluna, o projeto Coluna Reta conta com uma equipe médica formada pelo neurocirurgião Júlio Meyer, pelo neurofisiologista Ricardo Ferreira, e também pelos cirurgiões auxiliares Douglas Rodrigues e Luiz Sérgio. Neste mês, o projeto iniciou a triagem dos atendimentos dentro das salas de aula, na rede municipal de ensino de Volta Redonda.

O ortopedista e responsável pelo Coluna Reta, Juliano Coelho, ressaltou a iniciativa da Prefeitura de Volta Redonda na criação do projeto, que já atendeu mais de dois mil jovens do município.

“Chegamos à terceira rodada de cirurgias para correção da escoliose em jovens de até 18 anos. Estão sendo realizadas mensalmente duas cirurgias no Hospital São João Batista, sempre aos sábados. Já realizamos quatro procedimentos cirúrgicos, todos bem sucedidos. A iniciativa da Prefeitura de Volta Redonda é inédita no país, os procedimentos vão desde o diagnóstico precoce até o tratamento da escoliose idiopática – que pode ser através de fisioterapia e nos casos mais graves a cirurgia. A indicação para o procedimento cirúrgico é quando a curvatura da coluna possui acima de 45º graus”, disse o ortopedista.

Juliano Coelho citou ainda que o objetivo do procedimento cirúrgico é estabilizar a coluna para evitar a piora da escoliose e de outros problemas que podem surgir com isso. Além disso, o ortopedista pontuou que a escoliose limita a mobilidade dos pacientes para as atividades cotidianas e compromete a autoestima, principalmente, do público feminino.

Cuidados no pós-operatório
Após a cirurgia, o paciente fica internado por cerca de uma semana para analgesia (recebendo medicamentos para controle da dor). Porém, no dia seguinte ao procedimento, já consegue caminhar sob supervisão do médico ortopedista, Juliano Coelho, que faz a cirurgia.

Em três semanas, são retirados os pontos e a partir daí, iniciam as sessões de fisioterapia do Coluna Reta, na Policlínica da Cidadania, que fica no Estádio da Cidadania Raulino de Oliveira. Entre 60 e 90 dias, o paciente pode retomar suas atividades físicas.

Coluna Reta é projeto pioneiro no Brasil
O Coluna Reta, pioneiro no país, tem como objetivo a prevenção e o tratamento da escoliose idiopática. Desde a implantação, em junho de 2021, 2.368 crianças e adolescentes foram atendidas e mais de 60 foram diagnosticadas com escoliose. Destas, 18 tem indicação para cirurgia.
Destinado a crianças e adolescentes de 6 a 18 anos, o programa busca o diagnóstico precoce e tratamento desses pacientes de forma contínua. Nos casos de indicação cirúrgica, o procedimento visa oferecer qualidade de vida aos pacientes, não só a correção postural, mas a prevenção a tempo de evitar danos aos órgãos.

Os atendimentos do Coluna Reta são feitos as sextas-feiras na Policlínica da Cidadania, que fica no Estádio da Cidadania. Todas as crianças e adolescentes que já foram atendidos voltam para avaliações após um ano.

O ortopedista Juliano Coelho destaca que, apesar de pouco conhecida pela população, a Escoliose Idiopática atinge milhões de pessoas no Brasil e em todo o mundo. Mais comum em meninas, ela acomete em torno de 4% da população mundial.


Foto: Arquivo- Secom/PMVR

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