Edição do projeto da SMDH contou com participação de professora de História e indígena Xavante

A Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos (SMDH) de Volta Redonda promoveu nesta segunda-feira, 25, mais uma edição do projeto “Se Liga no Papo”. O evento aconteceu no Memorial Zumbi dos Palmares, na Vila Santa Cecília, e contou com depoimentos da professora de História, Adelaide Maria, e da indígena Xavante Jéssica Lima.

O projeto “Se Liga no Papo” é uma iniciativa da SMDH, com apoio da Secretaria Municipal de Cultura (SMC) e do Centro Cultural Fundação CSN. Lançado em março deste ano, pretende, a cada 20 dias, convidar lideranças de vários movimentos populares ligados à comunidade negra para falar da vida, das dificuldades encontradas e conquistas realizadas. E também para dizer como enfrentaram o racismo, o preconceito e como isso afetou e afeta o cotidiano de cada um.

Adelaide é professora de História nas redes de ensino de Volta Redonda e de Piraí, militante da luta pelos Direitos Humanos, vice-presidente do Movimento de Conscientização Negra em Volta Redonda, integrante da Pastoral Afro e conselheira no CENIERJ (Conselho das Estudantes Negras do Interior do Rio de Janeiro).

Jéssica Lima, indígena do povo Xavante, é graduada em Psicologia pela UFF (Universidade Federal Fluminense), militante das causas dos povos que vivem nas aldeias e produtora na executiva da I Bienal de Arte Indígena do Rio de Janeiro. Ela contou histórias reais sobre os índios, que normalmente as crianças não tiveram conhecimentos nas escolas.

Documentário para os jovens conhecer

A gravação em vídeo desses depoimentos será transformada em documentário para a exibição em espaços públicos, escolas, CRAS (Centros de Referência da Assistência Social), associações, buscando levar conhecimentos de lutas e superação para os jovens.

A primeira edição contou com a participação da sindicalista Jorgina dos Santos (a primeira presidente do Sindicato das Empregadas Domésticas do Sul Fluminense) e da Mãe Célia de Moraes, dona de um terreiro de Umbanda e líder espiritual. Elas são filhas de pais mineiros que superaram uma vida difícil no início e são reconhecidas pelo trabalho que fizeram e ainda continuam em benefício da população.

A secretária municipal de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos, Glória Amorim, destaca o projeto para a memória histórica de Volta Redonda.

“A ideia do projeto é resgatar a luta dessas pessoas que cresceram junto ou no entorno de uma grande empresa, que é a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), e como atuaram essas lideranças nas causas de Igualdade Racial e Direitos Humanos, ajudando a construir uma cidade. E lembrar a participação de outros povos, como os indígenas, mineiros, capixabas, que contribuíram neste processo de desenvolvimento de um município forte e progressista. Essas pessoas têm muito a contar para os mais jovens sobre o que viveram com os seus familiares e na carreira profissional”, afirmou a secretária.

 

Foto: Cedida pela SMDH

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