Unidade da Rede Municipal de Ensino de Volta Redonda é especializada para autistas e trabalha a autonomia dos alunos

O Semeia (Sítio Escola Municipal Espaço Integrado do Autista Thereza Chicarino), que atende 92 pessoas com Transtornos do Espectro Autista (TEA), completou 15 anos em 2020, mas por conta da pandemia da Covid-19, a comemoração foi adiada em um ano. O aniversário foi lembrado com exposição de fotografias, que ilustra toda história da unidade, aberta na manhã desta sexta-feira, 10, com a presença dos alunos, familiares e funcionários.

A diretora do Sítio Escola, que fica no bairro São Luiz, Lúcia Regina Cruz, afirmou que a ideia é promover um baile de debutantes para comemorar os 15 anos da unidade. “A festa foi abortada, por conta da pandemia, mas o retorno das aulas presenciais, em 13 de setembro, incentivou a equipe e os alunos a criarem a exposição para comemorar a data e marcar o encerramento do ano letivo de 2021”, contou.

Lúcia acrescentou que o trabalho coletivo ao fim de cada ano já é tradição no Semeia e contou que, normalmente, são expostos os trabalhos artesanais executados pelos próprios alunos. “Com o retorno de 42 alunos às aulas presenciais, os demais seguem recebendo as atividades em casa de forma online, e com apenas três meses de convívio no ano, achamos melhor utilizar as fotos que tínhamos em arquivo”, disse a diretora.

As fotografias foram organizadas em painéis, em ordem cronológica, que contam a história do Sítio Escola durante os 16 anos de atividades. Pais e alunos se divertiram ao ver a evolução da escola durante a abertura da mostra, e destacaram a importância da unidade para todos que tem pessoas com TEA na família.

Maria Clara, de 22 anos, chegou ao Semeia aos 16 e estava com a família na abertura da exposição de fotos. “Minha filha tem autismo e o Sítio Escola tem grande importância nesta segunda fase da formação dela. Até completar 16, ela estudava na Escola Especializada Dayse Mansur da Costa Lima. A equipe de profissionais é muito dedicada e tenho que destacar a atuação durante a pandemia, que manteve os alunos em atividade em casa”, disse Carlos Eduardo, que é pai da Maria Clara.

Tânia Aparecida Ferreira de Souza, mãe do Thalisson Ferreira Souza, que é aluno do Semeia, também parabenizou a escola, por meio dos profissionais que nela atuam. “A pessoa com TEA tem dificuldades de comunicação, de interação social e os profissionais daqui, com capacidade, dedicação e comprometimento são fundamentais para o desenvolvimento dos alunos”, disse Tânia.

O atendimento na Rede Municipal de Ensino de Volta Redonda para pessoas com Transtornos do Espectro Autista começa pela Escola Especializada Dayse Mansur da Costa Lima, no bairro Jardim Paraíba, que atende crianças e jovens até completarem os 16 anos. O objetivo é colaborar com a evolução dos alunos na parte pedagógica, e também incentivar o convívio social para melhorar a qualidade de vida do autista e sua família.

Sítio Escola – Ao serem transferidos da Escola Especializada Dayse Mansur para o Semeia, os alunos passam a realizar atividades adaptadas. Frequentam academia de ginástica, fazem atividades na quadra de esportes, além de participar de passeios sociais como idas a supermercados, ação interrompida por conta da pandemia, e ainda mostram talento e criatividade em uma oficina de artes. No Sítio Escola, os alunos também contam com horta e Cozinha Modelo, além de Casa Modelo, onde executam tarefas do dia a dia para conquistar mais independência.

 

Foto: Divulgação/PMVR 

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