Espaço, que funciona no Estádio da Cidadania e foi reinaugurado em junho do ano passado, oferece atendimento especializado em fisioterapia através do SUS

A Clínica da Dor, que fica no Estádio da Cidadania, em Volta Redonda, foi reaberta em junho do ano passado. De lá para cá foram mais de 14 mil atendimentos e o melhor: recuperando a qualidade de vida de muitas pessoas. O espaço oferece, pelo SUS (Sistema Único de Saúde), tratamento para dores crônicas ou agudas, por meio do RPG (Reeducação Postural Global), Pilates e a Osteopatia. É o caso, por exemplo, da Maria das Graças dos Santos, 65 anos, moradora do Padre Josimo, que procurou o serviço por causa de fortes dores na coluna.

“Eu tinha dores na coluna, na lombar e na cervical. Cheguei aqui cheia de dores e depois da sessão com o Dr. João Paulo (osteopata) tudo voltou para o lugar. Estou satisfeita. O doutor é 10”, elogiou ela, que chegou até a Clínica da Dor por meio de um encaminhamento médico da UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família) para o tratamento de uma lombociatalgia.

O professor João Carlos da Silva Novo, de 59 anos, é morador do Belmonte e sofre com dores na coluna. Ele procurou a Clínica da Dor após passar por uma avaliação médica, no posto de saúde do bairro. João contou que há dois meses fez sessões de osteopatia e agora realiza aulas de Pilates.

“Essas terapias me ajudam no dia a dia, porque a dor acaba impossibilitando em tarefas do cotidiano. As dores diminuíram e se não tivesse esse acompanhamento, com certeza, eu já tinha parado de me movimentar. É muito importante este tratamento”, afirmou.

Mais de mil atendimentos por mês

A Clínica da Dor foi idealizada em 2016, durante o governo Neto, ficou quatro anos fechada, e retornou ao funcionamento no ano passado. Hoje, são 60 atendimentos diários, 300 semanais, com uma média de 1,2 mil por mês. O local faz parte Centro Municipal de Reabilitação Física (Cemurf), que também funciona no estádio.

De acordo com o coordenador da Clínica da Dor, o fisioterapeuta João Paulo Gioseffi, o serviço se tornou ainda mais importante após a pandemia de Covid-19, onde muitos pacientes relatam que ficaram estagnados e sem nenhum tipo de atividade durante o período de isolamento social, o que proporcionou perda de massa muscular e o enfraquecimento muscular.

“Essas pessoas faziam atividades em grupo e alguns não se animaram a procurarem uma atividade física novamente. Isso afetou muito, principalmente os de meia idade e idosos. As instabilidades por causa da falta da força muscular acabam aumentando o processo de artrose, migrando para dor”, explicou Gioseffi.

Como acessar o serviço

Para ter acesso ao serviço na clínica, que funciona no Acesso Azul do Estádio da Cidadania, além de ser morador da cidade, o paciente precisa ser encaminhado pelas UBSFs (Unidades Básicas de Saúde da Família) ou hospitais públicos (Munir Rafful e São João Batista). Eles seguem o protocolo de avaliação dos profissionais do Cemurf, que encaminham para o setor pertinente ao melhor atendimento da patologia.

“A gente tem tido um resultado muito positivo. Antes, os pacientes vinham, faziam fisioterapia e depois de um tempo acabavam retornando. Com o advento da Clínica da Dor, a gente conseguiu cessar isso. Os pacientes vêm, tem o tratamento efetivo, fazem o encaminhamento interno e acabam migrando para uma atividade física. Eles ganham qualidade de vida e seguem em frente”, disse Gioseffi.

A Clínica da Dor conta com três fisioterapeutas, que são responsáveis pelo tratamento de Pilates, dois fisioterapeutas no RPG e um Osteopata, além de um administrativo. O setor, conta com macas específicas para tratamento de RPG e para a realização da conduta de Osteopatia, além de aparelhagem completa para realização do Pilates.

 

Foto: Cris Oliveira/Secom PMVR

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